27 de nov. de 2007

II Encontro Gaúcho de Ciclistas

Este relato vem para acrescentar mais informações do II Encontro Gaúcho de Ciclistas realizado nos dias 24 e 25/11, em Picada Café, no Parque Municipal Histórico Jorge Kuhn ao qual estive presente.

Meus preparativos se iniciaram cedo. Na sexta-feira corri na loja do Anderson para buscar pneus dobráveis e de trilha. Daí comecei meu grande teste de conhecimentos mecânicos ciclísticos, que afirmo serem de fracos a moderados. Nesse dia o calor e o sol se faziam fortes na capital. Mas já havia prenúncios de uma reviravolta brusca no tempo. Optei por pneus dobráveis por serem sem arame e mais fáceis de manuseio por mãos femininas. Também, por ser prático o seu transporte já que na manhã seguinte carregaria-os na mochilinha, de PoA até Picada Café . Pode-se neles usar câmera fina como as que eu tinha no pneu 1.25.

Fui estrada afora os carregando por não ter sabido trocá-los. Incrível, quando fui conseguir trocá-los já estava de volta em PoA. E foi o Rodrigo que, muito habilmente, me ensinou o processo todo de troca. À princípio quando tentei pareceu um:

Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez ter feito
O que você me fez desapareça
Cresça e desapareça...
Não tem dó no peito
Não tem jeito
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada
Eu não fiz nada disso
E você fez
Um Bicho de Sete Cabeças...

Composição: Zé Ramalho, Geraldo Azevedo e Renato Rocha

Uma pena! Porque quando a chuva deu trégua, isso no domingo, depois das 11 hs, foi que saiu o passeio por trilhas tão esperado... e que trilhas... 29 km de pauleira por morros e mais morros, ora de chão batido, ora de puro pedregulho, água e lama. Porém, em meio a uma paisagem ímpar. Sem contar a alegria de estarmos todos irmanados num mesmo propósito.
Assim, apesar dos percalços de um pneu furado no sábado, antes de embarcar no Trensurb (tranqüilamente é claro), me sentei para relaxar e trocá-lo depois. Quem me castigou na subida foi a chuva e a serração, que, apesar do mormacinho, fazia com que na altura de Morro Reutter não se enxergasse um palmo adiante...tanto que presenciei uma colisão entre 2 veículos, bem na entradinha da cidade. Nada de grave, felizmente.

Hidratei-me por ali, e segui tateando a estrada nas grandes curvas e subidas que se fazem mais imperativas agora. Redobrado cuidado com o chão liso com meu pneu 1.25.
Como saí de PoA atrasada, não peguei a largada em Novo Hamburgo que se daria por volta de 9hs da manhã. Por isso, segui sozinha pela estrada afora e sem lobo mau. Fui chegando no Km 208, e vi a placa da Pousada Andreia Jockymann, onde já tinha reserva. São mais 4 km de chão batido. Existe um outro caminho que chega em Picada Café saindo de frente da pousada. São 8km, mas recomendo apenas a quem tiver pneus aderentes com freio a disco e não tenha medo de altura. No topo se localiza o Mirante, que creio ser o ponto mais alto da região, um precipício. As descidas são pra Down Hill. Também os moradores dali utilizam esse trecho de carro, para encurtar o caminho até a cidade. E de noite, de bike, a volta por ali é inviável.

Como desci sozinha, confiei encontrar os outros cinco ciclistas, ocupantes de quartos na mesma pousada, o que não ocorreu! Eu teria ainda um longo trajeto a ser feito na chuva de noite. Voltei pelo caminho mais longo, o da BR 116. Não fosse o cancelamento do passeio noturno, devido às péssimas condições do tempo, eu teria que ter subido sem ninguém. Graças à galera do Down Hill e Mountain Bike, que lá estavam e que eu nem conhecia até então, tive companhia para voltar. Viva meus três mosqueteiros, que são de Nova Petrópolis, um deles o Luís B., medalha no Campeonato Gaúcho Down Hill em 2007-11-04.

Assim, cheguei na pousada com a Andréia esperando com uma sopinha tri boa de capelleti. Recobrada as forças, dormi esperando que o domingo trouxesse um sol, o que não ocorreu, mas a chuva deu trégua para o último passeio a tarde.
Fui para a cidade desta vez por um terceiro caminho, o da Joaneta com as muitas belas paisagens e ainda passeando por pontos importantes da cidade, como o do CTG, por exemplo. A prefeitura da cidade disponibilizou o aparato necessário, como ambulância e caminhão. Após o encerramento houve sorteio de vários brindes.
Voltei de carona com Rodrigo Santos e seu irmão, Renan (bem-vindo aos pedais).
Salve, salvem simpatia!
Álbum da Viagem