8 de fev. de 2008

InVerão na Serra de São Francisco de Paula


Domingo, acordei bem cedinho e liguei para confirmar estadia num posto de serviços da cidade de S. Francisco de Paula. Era um dia em que a meteorologia previa céu aberto e chuvas passageiras. Até ai normal, por ser verão; só que na serra não foi bem assim, não!


Saí de casa, em direção ao trensurb, pela 8:00 hs, chegando em São Leo às 10:00 hs. Embarquei conforme é pedido, na frente da marca no chão, na Estação Farrapos. Quando desembarquei, parecia que a chuva tinha ficado esperando por mim. Caiu um aguaceiro imenso e tive que tomar um reforço de café da manhã para esperar estiar. Improvisei com um saco plástico grande uma capa de chuva. Segui estrada afora, e o movimento era bem tranqüilo, por vezes até demais, já que havia poucos lugares abertos, devido ao feriado.

Entrei em direção à Taquara e sempre com uma chuvinha entrando na frente do tímido sol que quase esperava para aparecer no topo mais alto da serra lá pra frente.
Uma amiga quis ir junto, mas só me acompanhou até o trem, ficando de ver se folgava de seu plantão e me encontrava mais tarde. Sendo assim, o jeito era encarar os trechos que eu conhecia apenas descendo de Três Coroas em diante.

Ao meio-dia e meio comi no restaurante "Vitória", em Taquara, e dá-lhe chuva. Até o Museu Arqueológico eu já havia ido...dali pra frente, tudo novo pra mim, cheio de subidinhas estreitas e sem acostamento, e achei melhor seguir enquanto era dia.


Fiz algumas pausas para fotos mas segui com velocidade considerável. Lá pelas 15:30 hs, parei num lugar com um povo se reunindo num local onde se faz chá de nozes, que desconheço para que serve ou se é bom.


Lá tinha um telefone público, e assim que parei para pedir informes ao meu amigo Rodrigo S., me liga a Lu querendo saber quando vou chegar. Segundo me informou meu amigo, faltavam uns 10 ou 12 km, já que eu ainda estava em Figueiras. Por sorte, logo a frente um motorista me pergunta para que lado fica S. Francisco e eu indico-lhe descer pelo meu lado, pois acabara de passar por uma placa mostrando faltarem 20 km. Ufa! Foram os 20 km mais difícies de fazer, sendo que os últimos 5 km eram inacabáveis.


Antes, passei pelo caminho que vai dar no templo budista e vejo na placa que são apenas 500 m. Nisso, o céu desabou e ali a estradinha é toda de terra e estava um puro lamaçal. Aproveitei e entrei lá, para encher minha caramanhola e ir ao banheiro, além de bater mais umas fotos.

Quando saí de lá, um vento forte e a chuva havia parado. Milagre!


Retomei meu caminho longo de subidas e lindas montanhas cercadas de um pouco de serração, que durou bem pouco já que agora o sol se fazia brilhar. Fui chegando, com medo de anoitecer mas ainda eram 19:00 hs. Finalmente, encontrei o local onde iria descansar, que estava muito acolhedor. Mas o pior era que fazia um frio parecido com o outono/inverno, em pleno carnaval num país tropical (abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que bele... em fevere tem carna...).


Isso ai... cheguei lá sem uma nega e um fusca, mas movida a uma curiosidade grande que me fez fazer novos amigos de pedaladas e conhecer lindas paisagens tanto para curtir caminhando como para pedalar ou apenas sentar para uma conversa com pessoas dispostas a prosear após árduo esforço.
Esse muito bem empregado aliás!
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