22 de nov. de 2007

3ª Copa União/Gatorade em Taquara

Foi o último evento desse ano: - A 10ª Etapa da 3ª Copa União/Gatorade de Ciclismo – 18/11/2007. E eu participei mui honrosamente ao lado do atleta e Ciclista, Darcy Egon de Novo Hamburgo que, dispensa comentários.


A categoria foi Master-C (nascidos de 48 à 57) - 10hs45 – 17 voltas – na qual fiquei em 5º lugar . A prova aconteceu sob intensa chuva, o que de largada desclassificou muitos. Disputei apenas com homens, e assim sendo senti que como foi minha primeira vez, fiquei tranqüila com o meu resultado.


Parti de PoA no dia anterior, e pedalei mais de 70 km para Taquara, cidade onde aconteceria a prova ciclística. Contei com a companhia no pedal até Morungava, do Guilherme, já que outro ciclista da lista bike-rs postara que iria de carro para fazer umas trilhas, mas como eu tinha pneu 1.25 não pudemos fechar. Sendo assim, o Guilherme me acompanhou até o km 103, e daí em diante foi por minha conta.


Logo a frente faltando uns 20 km para chegar entrei num posto para comprar água e notei o pneu traseiro esvaziar. Sorte minha, pois ali tinha um borracheiro o qual auxiliou. Nem tanto assim, já que depois de trocar a câmara e tudo mais subi para seguir viagem na magrela, e novamente o pneu esvaziou. Haja...!


Tem coisas que a gente aprende errando, e vi que apesar de ter posto outra câmara eu não tinha olhado que o remendo deste estava mal colado. Refeito o conserto voltei à estrada...”pela estrada afora, eu vou bem sozinha, levar esses doces para vovózinha. Ela mora longe o caminho é deserto e o lobo mau passeia aqui por perto.“


Agora o caminho se tornava muito mais atrativo pelo canto dos pássaros ao entardecer. O que eu queria era chegar e agora começavam os trechos onde se pedala e pedala e é tudo um estradão longo e sem fim. E nada de placas indicando a cidade. E o dia acabando. Até que finalmente vi nos outdoors que já estava em Taquara.

Encontrei a ciclovia que é uma das mais longas que já passei aqui no sul. Então tive que diminuir meu ritmo e achar meu contato o Guilherme Wilhems da ATAC. Na sinaleira fechada estava ao lado de 2 ciclistas, vindos provavelmente de alguma trilha, pelas condições das suas roupas. Um deles disse conhecer o Guilherme, e me indicou o restaurante Mariscão, onde depois fui comer. Ficava perto do Hotel do Vale, da Adriana (uma ex-atleta de montain bike), com preços ótimos para quem fica pouco tempo, e localização em frente ao final da ciclovia, ao lado do restaurante.

De noite, notei relâmpagos no céu e a manhã nasceu chuvosa. Tomei café no hotel e sai para reconhecimento do local da prova que teria ínicio às 9:00 hs. O circuito era no centro da cidade e já estava tudo pronto. Encontrei os participantes e organizadores na frente da linha de chegada. Eu ainda não havia decidido o que fazer, mas me preparava para registrar tudo, assim que meu filho chegasse com a câmera que eu deixara em PoA.


Fui conversando com os organizadores e foi me batendo um desejo de participar que nem eu mesma sabia possuir até então. Só que não tinha como, porque estava sem dinheiro e aguardava o Gabriel chegando lá pelas 10hs. Por esse motivo não me inscrevi na prova feminina que aconteceria mais cedo. Sendo assim, decidi me inscrever para a categoria Master C, com horário previsto para mais tarde.


Apesar de ter sido tudo muito de momento, achei que valeu muito. Valeu de verdade.

Albúm da viagem

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20 de nov. de 2007

Morro da Borrússia

No último feriado da República 15/11, fui num pedal conhecer Glorinha, que foi por muito tempo caminho por onde passava a estrada que era a única ligação entre a Capital e o Litoral Norte. Por ali, veranistas arriscavam enfrentar uma longa viagem a caminho das praias. Em 1936, a estrada de chão batido que passava pela Vila de Glorinha tornou-se a primeira via asfaltada do Rio Grande do Sul, a RS-030.
Sai pelas 8:00 hs em direção à Viamão, depois Gravataí e Glorinha, enfrentando trechos bem bonitos mas perigosos, já que a estrada é feita não só de asfalto - ela é uma montagem de placas como em pontes e por isso mesmo havia algumas rachaduras grandes. Com a proximidade de veículos grandes, o perigo aumentava....fora as muitas ultrapassagens na pista do sentido contrário, o que me fazia entrar bem para dentro do acostamento.

Quando estava chegando em Glorinha, já começava a sentir algumas subidas mais acentuadas e tive um pneu traseiro furado. Encontrei uma borracharia e fiquei fazendo o conserto, apenas com a ajuda de um morador vizinho que confirmou que a mesma não iria abrir.
No entanto, o pior ainda vinha pela frente, quando fui seguindo as placas em direção ao litoral que erroneamente me enviaria para uma auto-estrada muito movimentada naquele feriado : a Free-Way.

A príncipio temi que fosse abordada pela Polícia Rodoviária Federal e mandada de volta para PoA. Os trechos de acostamento estão sendo recapeados e nuns pontos há apenas areia grossa e os cavaletes perturbam a ultrapassagem que deve ser feita pela pista bem por cima da faixa. Quando muito, encontrava trechos longos de acostamento já recapeados, aí era um momento de alívio.

Bem, nessa brincadeira os caminhões de muitos eixos passavam por mim em comboios. Menos mal, já que alguns caminhoneiros mais audazes resolviam fazer ultrapassagens e disputas de velocidade. Afora que eu já tinha pedalado 100 km e não tem nada de comércio até chegar no pedágio depois de Santo Antonio da Patrulha.

Finalmente, chegando ao pedágio, sem água e nem comida, por volta de umas 16:00 hs, avisto uma penca de lindas bananas, as quais me auxiliaram e muito!

Chego no ponto de parada do pedágio e vou tomar um café e descubro que ainda faltam mais de 20km até Osório. Cheguei em Osório perto das 18:00 hs ainda claro, mas procurando contatos com os ciclistas e pedalantes do local que sei exploram bem o cicloturismo na região.

Procurei pelo Cícero e pelo Ronaldo, este proprietário da loja de bike, para que me indicassem uma pousada que conheci pela TV no Morro da Borrússia. Infelizmente, apesar da ajuda do Arquimedes, um ex-ciclista que competia pela equipe do Ronaldo e agora é motoboy, não consegui encontrá-lo.

Toquei para a estrada de novo e fui conhecer o Morro, tão famoso pela sua altitude e por atrair, além dos ciclistas, motoqueiros. No topo, há prática de vôo livre. Infelizmente só tive perna para chegar meio próxima, pois ainda procurava pela Pousada da Esperança, na qual não pude ficar pois tinha deixado de sacar dinheiro lá embaixo.
Além do mais, ela fica para dentro mais uns 4km e eu estava vendo escurecer e já sentia o cansaço e o friozinho. As descidas são muito fortes e é preciso cautela. Mas a paisagem dos lagos de lá de cima são deslumbrantes também.
Desci e embarquei de ônibus para PoA com um total pedalado de 136 km.
Albúm da Viagem

19 de nov. de 2007

Feira do Livro e Pedal

Neste último dia 27 de Outubro, encontrei na lista da Ciclosinos o convite do Gilberto para sairmos de Novo Hamburgo às 7:00h rumo à Picada Café (distância aproximada 72km). A previsão era de um dia de Sol e decidi encarar a aventura.

Acordei às 5:00h e sai de casa, no Jardim Botânico, antes mesmo das 6:00h. Cheguei na estação Farrapos por volta das 6:40h da manhã. De lá, fui até São Leopoldo, pelo Trensurb.
Porém, sabendo que já não chegaria em Novo Hamburgo a tempo de encontrar a galera do Pedal, decidi ir sozinha para Picada Café, ver se encontrava-os pela BR 116 ou mesmo na VII Feira do Livro, no Parque Histórico Municipal Jorge Kuhn.

A primeira paradinha foi somente para tirar um pouco de roupa, já que nessa primavera os dias parecem de verão, e em Ivoti começam as subidas. Parei de novo um pouco depois de Dois Irmãos, em uma vendinha com um orelhão na porta. Perguntei ao proprietário se ele havia aberto cedo e se tinha notado alguns ciclistas. Negativo. A solução foi confirmar em casa com meu filho, Gabriel, se o número do Gilberto estava correto. E não estava! Com o número certo, deixei recado, comi meu lanche e saí meio apreensiva com a abrupta mudança de tempo, já que ventava muito e algumas nuvens de chuva apareciam. Mais adiante, a estrada estava toda molhada, mas o sol logo foi reaparecendo.

Neste trecho, o fluxo de veículos aumentou, inclusive de grande porte, o que aumentava a vontade de chegar logo e me fazia dobrar a atenção na estrada.

Lá pelas 10:30h, alcancei o ponto da estrada onde predominavam as curvas e subidas íngremes. O fluxo de veículos caiu bastante, mas o de motos me impressionou, em ambos sentidos da pista. Minha média nas subidas era em torno de 10 a 15 km/h, nas descidas cerca de 45 km/h. Nestas, porém, me descuidei um pouco com os olhos de gato na faixa branca, escorreguei para dentro da Grama...grama verde, nesse verão, chuva miúda, não molha o coração... (Luis Wagner- Grama Verde). Ufa! Foi apenas uma queda e nem me machuquei.

Passando em Picada Holanda, dei uma outra pausa, agora para ir ao banheiro e me refrescar do calorão e do susto. Quando voltei e desamarrei a bicicleta para ir embora, notei que agora estava acompanhada – uma borboleta amarela, muito comum na região, se alojou na minha suspensão, pegando carona.

Segui em muito boa companhia, por sinal, dali em diante. As outras paradas, antes de chegar, foram só para umas fotos nos Belvederes. Assim que cheguei, pedi informação a um guri de bike a respeito do evento (Eu achava que a feira promoveria uma pedalada por trilhas). Ele não sabia de nada. Lá pelas 11:15h, cheguei ao Parque perguntando de novo sobre outros ciclistas. Felizmente, me informaram terem visto um grupo de ciclistas próximo a cidade de Morro Reutter.

Quando já estava indo telefonar para o Puba, um contato da Prefeitura, o qual consegui o número em um estande na Feira do Livro, eis que avisto o grupo de ciclistas. Paramos para conversar e almoçar as gostosuras que a região oferece, como um prato que acompanha os típicos bolinhos fritos de batata; além do ótimo sabor, tinham um ótimo preço. Combinamos a volta pela RS 326 (Presidente Lucena) e partimos à 1:30h de Picada Café.

A primeira parada para hidratação foi Lichtenthal, ou “Vale da Luz”, uma pequena venda, onde se servia uma garapa muito doce e geladíssima, a ponto de lembrar das raspadinhas de quando era criança.

Agora as subidas eram bastante íngremes e longas, assim como as descidas. Ao longo do trajeto, fomos parando para fotografar em diversas cidades, como São José do Hortêncio e Lindolfo Collor, onde muitas ruas de chão de pedra dificultavam o pedal.

Passamos por 3 pontes, duas de ferro com banhistas e vendedor de algodão doce multicoloridos. Não pudemos nos banhar pois, além de ser meio tarde, teríamos que descer carregando as bikes pelo mato e ainda tínhamos muito chão para pedalar!

A terceira ponte, a famosa Ponte do Imperador, toda em pedra, com 3 arcos e medindo 149 metros de comprimento, fica na cidade de Ivoti, que neste mês comemora seu aniversário de emancipação e é a sede da Rota Romântica.

Dali percorreríamos o Buraco do Diabo, uma descida perigosa, mas com uma paisagem belíssima.

Nosso percurso ia chegando ao fim, já que Estância Velha seria a parada de um integrante do grupo e outros três ficariam na próxima cidade (Novo Hamburgo). Eu pedalaria ainda mais um pouco, até São Leopoldo, para pegar o Trensurb para PoA.

Km da ida até Picada Café – 72 km.
Km da volta – 67 km.

E assim esta foi mais uma aventura no pedal e na raça.
Albúm da viagem