26 de dez. de 2007

De um lado ao outro do Guaíba


Desta vez me programei para ir à Guaíba, já que fiquei em PoA. Ontem, 25/12, o tempo estava com céu encorberto pela nebulosidade e algumas chuvas esparsas durante o decorrer do dia. Esperei até não notar mais chuva para dar um pedal.


Tomei o telefone e contatei um parceiro de pedal, que nunca nega fogo! Saímos de PoA às 16:30h, rumo à Guaíba, via Estrada do Conde, pois o vento sempre se torna forte praquelas bandas... BLZ, não foi o caso.


Fizemos uma paradinha pra hidratação no caldo de cana, no início do trecho da estradinha que começa em Eldorado do Sul. Pena que o triller do caldo estava fechado, mas ao lado a banca de frutas estava aberta. Seguimos com pouco movimento na ida.


Chegando nos primeiros 5 km, encontrei no acostamento uma tartaruga "ninja" querendo fazer a travessia, o que aguçou meus instintos de ativista ecológica. Imediatamente,acionei a operação salvamento e resgatamos a "Ninja", mas dessa feita faltou tempo pra nos apresentarmos.


Esse tipo de ocorrência tem sido uma constante nos pedais, avistar animais silvestres atropelados, ou agonizando como pássaros que se aventuram nos primeiros bater de asas. Assim, quando posso recolher algum animal, como a tartaruga de ontem, fico mais tranqüila em seguir adiante.


Chegamos à beira do lago em Guaíba e tinha muita gente. Fizemos uma pausa por uns minutos e tomamos de volta a mesma estrada, o fluxo aumentou devido ao fim do feriado. Cuidado redobrado e muita entrada no acostamento de chão batido, pela pressão dos veículos maiores. Dessa vez, o pôr do sol se fez na estrada e muito lindo, já que o sol se mostrou forte e imponente através das nuvens que não deixaram por menos e se coloriram. Outro show de cores foi o aparecimento de do arco-íris.


No mais, chegamos a festa do Gasômetro, que neste ano se fez no dia 25 e não como antes, na véspera, ao redor de uma gigantesca árvore de natal e iluminação da chaminé e do prédio. Muito lindo o visual.
Visitem albúm

24 de dez. de 2007

Parque Estadual de Itapuã



No sábado, recebi uma mensagem no meu celular dizendo:"repassando, passeio para Itapuã
por Viamão." Fiquei desconfiada, já que quem enviou deixou primeiro nome apenas, com número de celular desconhecido.A aventura seria no domingo às 8h, saindo da Av. Ipiranga com Antonio de Carvalho. Fui, mas um pouco precavida.

Tomei rapidamente uma granola e sai com certa pontualidade já que era perto. Pensei em
esperar a largada do passeio um pouco adiante, pois assim eu teria como ver de quem se
tratava.


O local parecia vazio, mas não arredei pé. Logo, um rapaz com uma bike vicini preta apareceu, pedalando sozinho. Eu estava parada na esquina da Bento Gonçalves em frente aos terminais de ônibus. Senti que podia ser algum ciclista procurando por outros....e ele veio até mim. Nos falamos rapidamente. Nem esperamos mais pelos outros, pois sabíamos que em véspera de festas de findi a galera fica em outras funções. Zarpamos dalí, porque o dia prometia ser dos mais quentes, apesar de estar com nuvens bem carregadas no céu.


A primeira lomba foi a do "Sabão". Seguindo um 1km a frente avistamos a entradinha para Itapuã. A príncipio, pensamos sobre ir até o restaurante da vovó, acaso alguém pudesse estar por lá. Nesse trajeto há pouca infra-estrutura e o ideal é levar o básico.

A poeira dos carros nos castigou bastante, apesar do movimento ser fraco naquela hora da manhã. No meio do caminho um pneu furado. Incrível no areião furar, mas o bagulhinho era um minúsculo caquinho de vidro. Feita a troca, seguimos adiante, agora pensando em encontrar outro camarada para organizar alguma outra trilha dentro de Itapuã, já que eu sabia que haviam locais especifícos para a prática de montain bike.

Porém, eu não tinha muitas referências do local, apenas sabia do nome do organizador.
Infelizmente, não conseguimos encontrá-lo e quando pedimos informações, disseram-nos que já haviamos passado do local de trilha.

Em hora avançada e precisando achar um local para almoçar seguimos adiante. Agora decididos a encontrar o Parque Estadual de Itapuã mais a frente, 12 km. A estrada é bem pedregosa, de chão batido, e bastante larga.

Chegamos na entrada principal e nos informamos de que ali dentro tudo é pago e que se quisessemos comer deveríamos ir ao Camping das Pombas, que logo encontramos...nome esse que devia ser trocado para "camping das andorinhas", pois existem ninhos muito lindos desse animal espalhados por ali. O ingresso custa R$ 6,00, e tem uma praiazinha com água bem limpa, banheiros com chuveiros e uma lancheria que serve refeição a R$ 17,00 que dá para dois. O Eduardo não optou por entrar na água, já eu sim!
Ficamos fazendo contato com o Cláudio, que mora ali na Zona sul e nos repassou que chegaria para nos encontrar lá pelas 15h, o que não aconteceu. Sendo assim, resolvemos voltar por volta das 16h. Agora tomaríamos o caminho de volta pelo Lami e rumo ao centro de PoA. A estrada estava muito cheia e fizemos apenas uma parada na tenda de sucos da dona Neiva.


Chegamos na perimetral da Cavalhada e o Eduardo seguiu para o Gasômetro (em busca do pôr do sol talvez?) e eu, que já estava no retão para minha casa, segui adiante chegando às 19:30h. Creio que percorremos perto de 60km mais ou menos.
Bom Natal a todos!!!!!!!!!!!!

[ [s pedalísticos
Álbum da viagem

22 de dez. de 2007

Premiação em Campo Bom


A FGC premiou neste dia do atleta 21/12 aos melhores do ciclismo estadual.
A premiação ocorreu com um jantar oferecido na Sociedade de Canto e Progresso de Campo Bom, município onde foi construída a 1ª. Ciclovia da América Latina (18 mil metros de extensão). Além da prática do ciclismo, a ciclovia também é muito usada por pedestres para corridas e caminhadas.

Saímos de PoA por volta das 16:00H, seguindo para Campo Bom pela rodovia, nos custando uma distância de 10 km a mais, aproximadamente. Em especial, ontem que o trafego era intenso, nas duas pistas devido a proximidade das festas de fim de ano.

Chegamos sem nenhuma incidência de pneus furados, apenas castigados pelo sol, que mesmo no final da tarde deu-nos um certo desgaste, obrigando-nos a mais paradas para hidratação do que gostaríamos.

No site da FGC encontrei o convite estendido a todos os ciclistas que, como eu, praticam o cicloturismo, competições, ou dos amantes desse esporte em geral.
Difícil descrever a satisfação de encontrar ali alguns dos mais importantes ciclistas da atualidade com nível reconhecido nacionalmente, como Guilherme Wilhelms e Silvio Ferrari (Estação Bike/ATAC), Darcy Egon Pereira (Abc Concresul), e tantos outros.


Levamos em torno de 3:30H para chegar. Eu já fizera contato com o local e graças a camaradagem do garçom Mauro e do manobrista do estacionamento que nos cedeu local para banho.


Jantamos um pouco depois das 21:30H e após foi feita a entrega dos troféus.
Saímos por volta das 11:15 e tomamos o outro caminho, por dentro de Campo Bom, Novo Hamburgo e São Leopoldo, economizando bastante. O trajeto noturno, apesar de mais perigoso, foi muito mais agradável devido ao clima ameno..
Chegamos à 01:30H.

Devo um agradecimento especial ao meu parceria de pedal, o Guilherme de PoA, que além de meu vizinho fez comigo essa indiada, e ainda trouxe em seu bagageiro meu prestimoso selim, que ficou na sprinter quando participei da prova dos 100K no Uruguay.
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18 de dez. de 2007

I Passeio Ciclístico Pela Vida




Outro findi na city de PoA.

Não deu pra combinar nada, porque esperava encontrar alguém querendo sair no pedal de duplas... em duplas mistas HXM. Não foi ainda dessa vez!Ufa! Só de pensar nessa mão toda me cansa.Em tempo, menciono a iniciativa que a ACZS (Associação Ciclística da Zona Sul) deu para a Doação de Sangue do Banco de sangue da Santa Casa que neste final de ano bem lembrado comemora o Dia Nacional do Doador de Sangue (25 de novembro).

O Primeiro Passeio Ciclístico Pela Vida aconteceu no domingo dia 9 de dezembro, pela manhã com saída da Usina do Gasômetro. O trajeto pela orla foi seguindo para o Shopping Praia de Belas, pela Av. Ipiranga entrando em frente da ZH até o Estádio do Grêmio. O aproveitamento da atividade, principalmente pelas crianças e mães foi possível, pois a via estava interditada.

No ato que contou com aproximadamente 50 ciclistas entre crianças, iniciantes e atletas em geral, além dos apoiadores e parceria das Rádio Ipanema, Vida Urgente e EPTC. Houve sorteios de caramanholas e outros brindes para a galera através do papai noel *Lagartixa* que divertiu a gurizadinha e deixou os outros se perguntando onde estava o bom e velho gordo...hehe.
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5 de dez. de 2007

7a. Edição 100k

Novamente abri na lista de grupos de ciclismo do yahoo e achei uma mensagem de um conhecido ciclista da ATAC, em Taquara, o Guilherme Wilhelms, convidando quem quisesse participar de uma prova de montain bike, no dia 02/12/07, no Uruguai.
Relutei sobre gastos, falta de companhia feminina, etc. mas por fim, decidi ir.

No que posso dizer que não me arrependi, já que foi a primeira vez que pedalei em trilhas entre montanha e mar. Trilhas essas, bem fortes e debaixo de um sol escaldante.
Nossa partida se deu de diferentes pontos do estado, sendo eu a única de Porto Alegre. Estávamos em 10 ciclistas e participaríamos em diferentes categorias.

Na 5ª. feira, 29/11, às 22:00h nossa van partiu para a cidade balneário de Piriapolis, no estado de Maldonado. Viajamos a noite toda para chegarmos na fronteira, onde tivemos uma averiguação da papelada toda que durou cerca de 1:00h. Liberados dessa canseira seguimos viagem de mais 4:00h. Chegamos no Hotel Rex , por volta de 11:00h. Lá já havia reserva para nós e também para mais 4 brasileiros vindos da cidade de Osório, com mais um ciclista que iria participar.

No final da tarde, descansados e prontos para dar uma volta, fomos em Punta Del Leste visitar a loja da Trek. Impossível só olhar tudo que tem. Sendo assim, como eu levara minha GT, acabei convencida pelos guris que devia adquirir um produto dali que, seria uma nova magrela. Até ai ainda nem tinha me decidido a participar na prova dos 100k. Mas com a nova bike ficou inviável perder essa oportunidade.


E foi assim, que no dia seguinte nos dirijimos ao local de inscrição, no famoso Argentino Hotel, de onde saía a competição com mais de 450 atletas inscritos. Me inscrevi na categoria damas acima de 32 anos. Às 19:00h haveria instruções sobre o circuito da prova, alimentação, hidratação e proteção do sol já que o dia seguinte prometia ser de forte calor. Eram trajetos desconhecidos para mim e eu tinha medo acima de tudo de não conseguir nem terminar dentro do prazo limite.


Os primeiros a largar, às 9:10h, foram os da categoria open elite, na qual o Guilherme e o Marcelo Indicatti tinham grandes possibilidades, já que o 1º. lugar havia sido conquistado pelo Guilherme numa prova de ano anterior. Infelizmente, o Marcelo teve diversos problemas durante a corrida, como câmeras furadas, atrasando-o muito.

Mesmo assim, trouxemos para casa o 1º. lugar com o Rafael Schaefer, na categoria Junior, com o tempo de 3:46:00 ficando no 23º. do ranking.
Os demais acabaram a prova dos 100k com tempos entre 4:00 e 5:30h., já eu conclui em
mais de 7:00h. Mesmo assim, avalio que essa prova foi muito gratificante e num ambiente onde o ciclismo tem bom nível e respeito.

Na Revista Uruguay Natural, de Dezembro, acompanhe como foi essa aventura em sua 7ª. edição.

Albúm de viagem
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2 de dez. de 2007

100K

É hoje a prova dos 100K aqui em el Uruguai.
Estou indo para mais esse Desafio rumo aos picos e trechos entre mar e montanhas aqui no Uru.
A galera é bastante grande ....aproximadamente 450 ciclistas, entre 15 só de brasileiros!
Torcida jovem vamos aguardar os resultados desta que diz ser a prova mais tradicional do país.
Salvem!

27 de nov. de 2007

II Encontro Gaúcho de Ciclistas

Este relato vem para acrescentar mais informações do II Encontro Gaúcho de Ciclistas realizado nos dias 24 e 25/11, em Picada Café, no Parque Municipal Histórico Jorge Kuhn ao qual estive presente.

Meus preparativos se iniciaram cedo. Na sexta-feira corri na loja do Anderson para buscar pneus dobráveis e de trilha. Daí comecei meu grande teste de conhecimentos mecânicos ciclísticos, que afirmo serem de fracos a moderados. Nesse dia o calor e o sol se faziam fortes na capital. Mas já havia prenúncios de uma reviravolta brusca no tempo. Optei por pneus dobráveis por serem sem arame e mais fáceis de manuseio por mãos femininas. Também, por ser prático o seu transporte já que na manhã seguinte carregaria-os na mochilinha, de PoA até Picada Café . Pode-se neles usar câmera fina como as que eu tinha no pneu 1.25.

Fui estrada afora os carregando por não ter sabido trocá-los. Incrível, quando fui conseguir trocá-los já estava de volta em PoA. E foi o Rodrigo que, muito habilmente, me ensinou o processo todo de troca. À princípio quando tentei pareceu um:

Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez ter feito
O que você me fez desapareça
Cresça e desapareça...
Não tem dó no peito
Não tem jeito
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada
Eu não fiz nada disso
E você fez
Um Bicho de Sete Cabeças...

Composição: Zé Ramalho, Geraldo Azevedo e Renato Rocha

Uma pena! Porque quando a chuva deu trégua, isso no domingo, depois das 11 hs, foi que saiu o passeio por trilhas tão esperado... e que trilhas... 29 km de pauleira por morros e mais morros, ora de chão batido, ora de puro pedregulho, água e lama. Porém, em meio a uma paisagem ímpar. Sem contar a alegria de estarmos todos irmanados num mesmo propósito.
Assim, apesar dos percalços de um pneu furado no sábado, antes de embarcar no Trensurb (tranqüilamente é claro), me sentei para relaxar e trocá-lo depois. Quem me castigou na subida foi a chuva e a serração, que, apesar do mormacinho, fazia com que na altura de Morro Reutter não se enxergasse um palmo adiante...tanto que presenciei uma colisão entre 2 veículos, bem na entradinha da cidade. Nada de grave, felizmente.

Hidratei-me por ali, e segui tateando a estrada nas grandes curvas e subidas que se fazem mais imperativas agora. Redobrado cuidado com o chão liso com meu pneu 1.25.
Como saí de PoA atrasada, não peguei a largada em Novo Hamburgo que se daria por volta de 9hs da manhã. Por isso, segui sozinha pela estrada afora e sem lobo mau. Fui chegando no Km 208, e vi a placa da Pousada Andreia Jockymann, onde já tinha reserva. São mais 4 km de chão batido. Existe um outro caminho que chega em Picada Café saindo de frente da pousada. São 8km, mas recomendo apenas a quem tiver pneus aderentes com freio a disco e não tenha medo de altura. No topo se localiza o Mirante, que creio ser o ponto mais alto da região, um precipício. As descidas são pra Down Hill. Também os moradores dali utilizam esse trecho de carro, para encurtar o caminho até a cidade. E de noite, de bike, a volta por ali é inviável.

Como desci sozinha, confiei encontrar os outros cinco ciclistas, ocupantes de quartos na mesma pousada, o que não ocorreu! Eu teria ainda um longo trajeto a ser feito na chuva de noite. Voltei pelo caminho mais longo, o da BR 116. Não fosse o cancelamento do passeio noturno, devido às péssimas condições do tempo, eu teria que ter subido sem ninguém. Graças à galera do Down Hill e Mountain Bike, que lá estavam e que eu nem conhecia até então, tive companhia para voltar. Viva meus três mosqueteiros, que são de Nova Petrópolis, um deles o Luís B., medalha no Campeonato Gaúcho Down Hill em 2007-11-04.

Assim, cheguei na pousada com a Andréia esperando com uma sopinha tri boa de capelleti. Recobrada as forças, dormi esperando que o domingo trouxesse um sol, o que não ocorreu, mas a chuva deu trégua para o último passeio a tarde.
Fui para a cidade desta vez por um terceiro caminho, o da Joaneta com as muitas belas paisagens e ainda passeando por pontos importantes da cidade, como o do CTG, por exemplo. A prefeitura da cidade disponibilizou o aparato necessário, como ambulância e caminhão. Após o encerramento houve sorteio de vários brindes.
Voltei de carona com Rodrigo Santos e seu irmão, Renan (bem-vindo aos pedais).
Salve, salvem simpatia!
Álbum da Viagem

22 de nov. de 2007

3ª Copa União/Gatorade em Taquara

Foi o último evento desse ano: - A 10ª Etapa da 3ª Copa União/Gatorade de Ciclismo – 18/11/2007. E eu participei mui honrosamente ao lado do atleta e Ciclista, Darcy Egon de Novo Hamburgo que, dispensa comentários.


A categoria foi Master-C (nascidos de 48 à 57) - 10hs45 – 17 voltas – na qual fiquei em 5º lugar . A prova aconteceu sob intensa chuva, o que de largada desclassificou muitos. Disputei apenas com homens, e assim sendo senti que como foi minha primeira vez, fiquei tranqüila com o meu resultado.


Parti de PoA no dia anterior, e pedalei mais de 70 km para Taquara, cidade onde aconteceria a prova ciclística. Contei com a companhia no pedal até Morungava, do Guilherme, já que outro ciclista da lista bike-rs postara que iria de carro para fazer umas trilhas, mas como eu tinha pneu 1.25 não pudemos fechar. Sendo assim, o Guilherme me acompanhou até o km 103, e daí em diante foi por minha conta.


Logo a frente faltando uns 20 km para chegar entrei num posto para comprar água e notei o pneu traseiro esvaziar. Sorte minha, pois ali tinha um borracheiro o qual auxiliou. Nem tanto assim, já que depois de trocar a câmara e tudo mais subi para seguir viagem na magrela, e novamente o pneu esvaziou. Haja...!


Tem coisas que a gente aprende errando, e vi que apesar de ter posto outra câmara eu não tinha olhado que o remendo deste estava mal colado. Refeito o conserto voltei à estrada...”pela estrada afora, eu vou bem sozinha, levar esses doces para vovózinha. Ela mora longe o caminho é deserto e o lobo mau passeia aqui por perto.“


Agora o caminho se tornava muito mais atrativo pelo canto dos pássaros ao entardecer. O que eu queria era chegar e agora começavam os trechos onde se pedala e pedala e é tudo um estradão longo e sem fim. E nada de placas indicando a cidade. E o dia acabando. Até que finalmente vi nos outdoors que já estava em Taquara.

Encontrei a ciclovia que é uma das mais longas que já passei aqui no sul. Então tive que diminuir meu ritmo e achar meu contato o Guilherme Wilhems da ATAC. Na sinaleira fechada estava ao lado de 2 ciclistas, vindos provavelmente de alguma trilha, pelas condições das suas roupas. Um deles disse conhecer o Guilherme, e me indicou o restaurante Mariscão, onde depois fui comer. Ficava perto do Hotel do Vale, da Adriana (uma ex-atleta de montain bike), com preços ótimos para quem fica pouco tempo, e localização em frente ao final da ciclovia, ao lado do restaurante.

De noite, notei relâmpagos no céu e a manhã nasceu chuvosa. Tomei café no hotel e sai para reconhecimento do local da prova que teria ínicio às 9:00 hs. O circuito era no centro da cidade e já estava tudo pronto. Encontrei os participantes e organizadores na frente da linha de chegada. Eu ainda não havia decidido o que fazer, mas me preparava para registrar tudo, assim que meu filho chegasse com a câmera que eu deixara em PoA.


Fui conversando com os organizadores e foi me batendo um desejo de participar que nem eu mesma sabia possuir até então. Só que não tinha como, porque estava sem dinheiro e aguardava o Gabriel chegando lá pelas 10hs. Por esse motivo não me inscrevi na prova feminina que aconteceria mais cedo. Sendo assim, decidi me inscrever para a categoria Master C, com horário previsto para mais tarde.


Apesar de ter sido tudo muito de momento, achei que valeu muito. Valeu de verdade.

Albúm da viagem

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20 de nov. de 2007

Morro da Borrússia

No último feriado da República 15/11, fui num pedal conhecer Glorinha, que foi por muito tempo caminho por onde passava a estrada que era a única ligação entre a Capital e o Litoral Norte. Por ali, veranistas arriscavam enfrentar uma longa viagem a caminho das praias. Em 1936, a estrada de chão batido que passava pela Vila de Glorinha tornou-se a primeira via asfaltada do Rio Grande do Sul, a RS-030.
Sai pelas 8:00 hs em direção à Viamão, depois Gravataí e Glorinha, enfrentando trechos bem bonitos mas perigosos, já que a estrada é feita não só de asfalto - ela é uma montagem de placas como em pontes e por isso mesmo havia algumas rachaduras grandes. Com a proximidade de veículos grandes, o perigo aumentava....fora as muitas ultrapassagens na pista do sentido contrário, o que me fazia entrar bem para dentro do acostamento.

Quando estava chegando em Glorinha, já começava a sentir algumas subidas mais acentuadas e tive um pneu traseiro furado. Encontrei uma borracharia e fiquei fazendo o conserto, apenas com a ajuda de um morador vizinho que confirmou que a mesma não iria abrir.
No entanto, o pior ainda vinha pela frente, quando fui seguindo as placas em direção ao litoral que erroneamente me enviaria para uma auto-estrada muito movimentada naquele feriado : a Free-Way.

A príncipio temi que fosse abordada pela Polícia Rodoviária Federal e mandada de volta para PoA. Os trechos de acostamento estão sendo recapeados e nuns pontos há apenas areia grossa e os cavaletes perturbam a ultrapassagem que deve ser feita pela pista bem por cima da faixa. Quando muito, encontrava trechos longos de acostamento já recapeados, aí era um momento de alívio.

Bem, nessa brincadeira os caminhões de muitos eixos passavam por mim em comboios. Menos mal, já que alguns caminhoneiros mais audazes resolviam fazer ultrapassagens e disputas de velocidade. Afora que eu já tinha pedalado 100 km e não tem nada de comércio até chegar no pedágio depois de Santo Antonio da Patrulha.

Finalmente, chegando ao pedágio, sem água e nem comida, por volta de umas 16:00 hs, avisto uma penca de lindas bananas, as quais me auxiliaram e muito!

Chego no ponto de parada do pedágio e vou tomar um café e descubro que ainda faltam mais de 20km até Osório. Cheguei em Osório perto das 18:00 hs ainda claro, mas procurando contatos com os ciclistas e pedalantes do local que sei exploram bem o cicloturismo na região.

Procurei pelo Cícero e pelo Ronaldo, este proprietário da loja de bike, para que me indicassem uma pousada que conheci pela TV no Morro da Borrússia. Infelizmente, apesar da ajuda do Arquimedes, um ex-ciclista que competia pela equipe do Ronaldo e agora é motoboy, não consegui encontrá-lo.

Toquei para a estrada de novo e fui conhecer o Morro, tão famoso pela sua altitude e por atrair, além dos ciclistas, motoqueiros. No topo, há prática de vôo livre. Infelizmente só tive perna para chegar meio próxima, pois ainda procurava pela Pousada da Esperança, na qual não pude ficar pois tinha deixado de sacar dinheiro lá embaixo.
Além do mais, ela fica para dentro mais uns 4km e eu estava vendo escurecer e já sentia o cansaço e o friozinho. As descidas são muito fortes e é preciso cautela. Mas a paisagem dos lagos de lá de cima são deslumbrantes também.
Desci e embarquei de ônibus para PoA com um total pedalado de 136 km.
Albúm da Viagem

19 de nov. de 2007

Feira do Livro e Pedal

Neste último dia 27 de Outubro, encontrei na lista da Ciclosinos o convite do Gilberto para sairmos de Novo Hamburgo às 7:00h rumo à Picada Café (distância aproximada 72km). A previsão era de um dia de Sol e decidi encarar a aventura.

Acordei às 5:00h e sai de casa, no Jardim Botânico, antes mesmo das 6:00h. Cheguei na estação Farrapos por volta das 6:40h da manhã. De lá, fui até São Leopoldo, pelo Trensurb.
Porém, sabendo que já não chegaria em Novo Hamburgo a tempo de encontrar a galera do Pedal, decidi ir sozinha para Picada Café, ver se encontrava-os pela BR 116 ou mesmo na VII Feira do Livro, no Parque Histórico Municipal Jorge Kuhn.

A primeira paradinha foi somente para tirar um pouco de roupa, já que nessa primavera os dias parecem de verão, e em Ivoti começam as subidas. Parei de novo um pouco depois de Dois Irmãos, em uma vendinha com um orelhão na porta. Perguntei ao proprietário se ele havia aberto cedo e se tinha notado alguns ciclistas. Negativo. A solução foi confirmar em casa com meu filho, Gabriel, se o número do Gilberto estava correto. E não estava! Com o número certo, deixei recado, comi meu lanche e saí meio apreensiva com a abrupta mudança de tempo, já que ventava muito e algumas nuvens de chuva apareciam. Mais adiante, a estrada estava toda molhada, mas o sol logo foi reaparecendo.

Neste trecho, o fluxo de veículos aumentou, inclusive de grande porte, o que aumentava a vontade de chegar logo e me fazia dobrar a atenção na estrada.

Lá pelas 10:30h, alcancei o ponto da estrada onde predominavam as curvas e subidas íngremes. O fluxo de veículos caiu bastante, mas o de motos me impressionou, em ambos sentidos da pista. Minha média nas subidas era em torno de 10 a 15 km/h, nas descidas cerca de 45 km/h. Nestas, porém, me descuidei um pouco com os olhos de gato na faixa branca, escorreguei para dentro da Grama...grama verde, nesse verão, chuva miúda, não molha o coração... (Luis Wagner- Grama Verde). Ufa! Foi apenas uma queda e nem me machuquei.

Passando em Picada Holanda, dei uma outra pausa, agora para ir ao banheiro e me refrescar do calorão e do susto. Quando voltei e desamarrei a bicicleta para ir embora, notei que agora estava acompanhada – uma borboleta amarela, muito comum na região, se alojou na minha suspensão, pegando carona.

Segui em muito boa companhia, por sinal, dali em diante. As outras paradas, antes de chegar, foram só para umas fotos nos Belvederes. Assim que cheguei, pedi informação a um guri de bike a respeito do evento (Eu achava que a feira promoveria uma pedalada por trilhas). Ele não sabia de nada. Lá pelas 11:15h, cheguei ao Parque perguntando de novo sobre outros ciclistas. Felizmente, me informaram terem visto um grupo de ciclistas próximo a cidade de Morro Reutter.

Quando já estava indo telefonar para o Puba, um contato da Prefeitura, o qual consegui o número em um estande na Feira do Livro, eis que avisto o grupo de ciclistas. Paramos para conversar e almoçar as gostosuras que a região oferece, como um prato que acompanha os típicos bolinhos fritos de batata; além do ótimo sabor, tinham um ótimo preço. Combinamos a volta pela RS 326 (Presidente Lucena) e partimos à 1:30h de Picada Café.

A primeira parada para hidratação foi Lichtenthal, ou “Vale da Luz”, uma pequena venda, onde se servia uma garapa muito doce e geladíssima, a ponto de lembrar das raspadinhas de quando era criança.

Agora as subidas eram bastante íngremes e longas, assim como as descidas. Ao longo do trajeto, fomos parando para fotografar em diversas cidades, como São José do Hortêncio e Lindolfo Collor, onde muitas ruas de chão de pedra dificultavam o pedal.

Passamos por 3 pontes, duas de ferro com banhistas e vendedor de algodão doce multicoloridos. Não pudemos nos banhar pois, além de ser meio tarde, teríamos que descer carregando as bikes pelo mato e ainda tínhamos muito chão para pedalar!

A terceira ponte, a famosa Ponte do Imperador, toda em pedra, com 3 arcos e medindo 149 metros de comprimento, fica na cidade de Ivoti, que neste mês comemora seu aniversário de emancipação e é a sede da Rota Romântica.

Dali percorreríamos o Buraco do Diabo, uma descida perigosa, mas com uma paisagem belíssima.

Nosso percurso ia chegando ao fim, já que Estância Velha seria a parada de um integrante do grupo e outros três ficariam na próxima cidade (Novo Hamburgo). Eu pedalaria ainda mais um pouco, até São Leopoldo, para pegar o Trensurb para PoA.

Km da ida até Picada Café – 72 km.
Km da volta – 67 km.

E assim esta foi mais uma aventura no pedal e na raça.
Albúm da viagem