3 de jul. de 2011

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Atualmente, em minha cidade, há um grande debate em torno da criação de uma ciclovia que liga diversos pontos centrais de Porto Alegre. Mas será que a criação de ciclovias é mesmo a solução para os problemas dos ciclistas em meio ao trânsito? Antes de tudo, é importante definir com clareza os termos que nós, ciclistas, devemos conhecer quando o nosso espaço no trânsito é o tema.
O código de trânsito estabelece 3 tipos de vias preferenciais aos ciclistas, que compoem a Rede Cicloviária de uma cidade, sendo elas:
1) ciclovias; pistas exclusivas para ciclistas, separada tanto da pista de rolamento dos carros quando da calçada dos pedestres.
2) ciclofaixas pistas exclusivas para ciclistas, porém não separadas do restante do trânsito; ciclofaixas podem ser feitas tanto na pista de rolamento quanto na calçada, separada apenas por sinalização.
3) via de trânsito compartilhado; quando não há distinção, e tanto ciclistas quanto veículos se deslocam pelo mesmo espaço.
Pois bem. Voltando ao tema; o projeto de uma grande ciclovia na cidade de Porto Alegre já vem sendo estudado há anos ( no Plano Diretor Integrado Cicloviário - regulamentado pela Lei Complementar 626), e a maior pressão devido ao acidente da Massa Crítica forçou as autoridades a apressarem o projeto. Porém, como eu já havia mencionado, há diversos motivos para duvidar da eficiência desta na redução do trânsito violento.

Como bem sabemos, o projeto custará caro, de forma que cada km custará aproximadamente 200 mil reais. E, apesar de tudo, será restrito a apenas um certo trajeto na cidade, deixando que grande parte da cidade fique relegada a segundo plano, forçando o ciclista a competir com carros sem qualquer tipo de preferencial ou de sinalização adequada.

Com isso, devemos nos perguntar: Será que é mesmo a melhor alternativa? Será que não seria mais barato, acessível e abrangente investir na educação do motorista, forçar a distância mínima de 1,5m e fazer uma ciclofaixa em TODAS as vias públicas, assim atingindo um público de ciclistas muito maior?

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