14 de set. de 2010

Os bons ventos tragam as notícias

E cedo sai para um passeio matinal! Apenas eu e minha cadelinha, mais uma sobrevivente da crueldade das ruas nesta cidade. Existem atualmente tantas pessoas despresíveis que os abandonam ao léu. Após nos alimentarmos, saímos andar, mas parecia que não se tratava apenas de caminhar sentindo o sol da manhã, já de início percebo que o vento hoje estava com um jeitinho diferente. Me lembrei dos demais outros ventos que já senti. Continuamos a caminhar juntinhas e percebo que é um vento persistente e que veio para permanecer se impondo em sua vontade própria que, noto ser destruir coisas, como observei pequeninas árvores quebradas, vasos jogados, e o pior, muita sacolinha de lixo voando, e a sujeira toda espalhada nas calçadas e ruas!

Já em casa correndo menos riscos, de que na rua, onde passamos embaixo de grandes e velhas árvores que fincam suas raízes e dançam equilibrando-se. Ouço no rádio as primeiras notícias dando conta dos prejuízos causados por este misterioso vento. Me lembro que tenho compromissos para mais tarde e me aflijo um pouco, por ter que me deslocar com meu meio de transporte, a bike. Se tem coisa chata é pedalar com vento, que podem ser vento-contra, vento fraco e forte, ou vento litorâneo. Já apanhei muito nas estradas, uma vez indo e vindo de Guaíba, e outra indo ao litoral. Mas, como as árvores me dediquei a apenas equilibrar a mente e o corpo se possível juntos!

Pesquiso sobre um prato que use o espinafre, pois está chegando a hora do almoço. Encontro vários tipos de preparo do prato predileto do personagem de um dos desenhos que muito curti o Popeye. Estranho como já vinha numa latinha, ainda bem que aqui no nosso país ainda temos como hábito comprá-lo natural e fresquinho. Cozinho ele na panela de vapor e depois espremo bem para tirar a água. Opto por uma receitinha mais rápida e boa de acompanhar um file de frango feito na grelha.

E vai chegando o final do dia e céu clareou, já que ficou horas nublado e com cara de a qualquer momento desabar uma chuva, mas que nada! Sem chuva vou a meu compromisso pedalando, mas evitando passar por avenidas que soube que o vento fez vários pontos da cidade ficarem sem funcionamento das sinaleiras, provavelmente pela queda de fios e até postes. O evento atrasou meia hora, e sempre o mesmo motivo, o trânsito. O debate era sobre sustentabilidade, no Instituto Guete organizado num ciclo de palestras com renomados cientistas trazidos pelo Instituto Justiça Ambiental e que vem acontecendo nos meses de agosto e setembro, sempre às terças-feiras, às 19:00h.

E não parou por ai o estrago que esse ventão de hoje fez, não! Saio do evento afim de ir fazer um treinozinho de nataçãobem ligth, e para minha surpresa recebo a notícia do porteiro no clube de que o toldo/bolha sobre a piscina havia sido arrancado! Desisto de entrar, pois a luz também havia sido interrompida e a caldeira mal deu para aquecer a água da piscina de fora e dos chuveiros. Já conformada em voltar, o vento me trás a meu lado caminhando pela calçada e passeio da ciclofaixa na guete três ciclistas, com três idades, que tri que os encontrei novamente já tinha passado por eles numa sinaleira em frente ao parção minutos antes de chegar ao clube e os vi parados como que consertando pneu furado. Agora o vento nos reencontra, indago-lhes se precisam de alguma ajuda, e eles me falam que estão empurrando as bikes pois, não trouxeram nada para consertar pneu. Parei e resolvemos tudo, já que eu tinha todo o necessário comigo. Seguimos um trecho juntos, eles iam para a zona sul e nos despedimos chegando na Avenida Ipiranga!

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